Modalidade de crédito permite antecipar até 10 anos de saque-aniversário, com juros mais baixos e liberação rápida; mas há riscos a considerar
Diante das dificuldades econômicas, muitos brasileiros estão recorrendo ao empréstimo FGTS como forma de aliviar o orçamento. A modalidade permite antecipar o saque-aniversário do Fundo de Garantia, com menos burocracia e taxas de juros menores que as de empréstimos pessoais tradicionais.
Para ter acesso ao crédito, é preciso aderir ao saque-aniversário no app ou site do FGTS e autorizar que o banco consulte e utilize o saldo do fundo. É possível antecipar até 10 parcelas anuais do valor a que o trabalhador teria direito. A quitação ocorre automaticamente, no mês do saque.
O empréstimo é permitido para quem tem saldo em contas ativas ou inativas do FGTS, mesmo estando desempregado, desde que tenha CPF regular. A agilidade na liberação é outro atrativo, já que a garantia do fundo reduz o risco para os bancos.
Apesar das vantagens, a operação exige cautela. Ao aderir ao saque-aniversário, o trabalhador perde o direito ao saque total do FGTS em caso de demissão, mantendo apenas a multa de 40%. E para retornar à modalidade tradicional, o prazo é de 24 meses após a última alteração.
Além disso, como o FGTS é uma reserva financeira, o uso antecipado pode resultar em perda de patrimônio ao longo do tempo, ainda mais em períodos de juros elevados.
Para especialistas, o ideal é que a antecipação seja feita apenas em casos de estabilidade no emprego e com planejamento financeiro. Assim, o empréstimo pode ser um aliado, e não um novo problema.