Em 2025, o Minha Casa Minha Vida foi reestruturado e voltou a ocupar o centro das atenções de milhares de brasileiros. Agora, o programa contempla famílias com renda de até R\$ 12 mil e imóveis de até R\$ 500 mil, ampliando o acesso ao crédito habitacional e reacendendo o sonho da casa própria.
Segundo especialistas, a ampliação das regras facilita o ingresso no mercado, mas também exige atenção redobrada quanto às modalidades de financiamento, às condições contratuais e à regularidade dos imóveis.
Financiamento imobiliário: principais opções
De acordo com o advogado e professor Bernardo Chezzi, o financiamento bancário tradicional continua sendo o caminho mais utilizado. Os prazos podem chegar a 35 anos e, entre as tabelas de amortização, duas se destacam:
- SAC: parcelas mais altas no início, que diminuem ao longo do tempo.
- Price: parcelas fixas, com custo final maior, mas previsibilidade no orçamento.
Também há modalidades atreladas ao IPCA, com juros iniciais menores, mas sujeitas às variações da inflação.
O FGTS segue como aliado importante, podendo ser usado na entrada, na redução das parcelas ou até na quitação antecipada. Já o home equity, alternativa que usa um imóvel quitado como garantia, cresce no Brasil, mas exige cautela, pois a inadimplência pode levar à perda do bem.
Cuidados jurídicos na compra do imóvel
O professor alerta que, antes de assinar contrato, é essencial verificar se o empreendimento possui Registro de Incorporação no cartório. A ausência desse documento pode gerar atrasos, bloqueios judiciais e até a impossibilidade de entrega da obra.
Outras verificações importantes incluem:
- Conferir a matrícula do imóvel em ridigital.org.br.
- Checar se há débitos tributários do vendedor.
- Garantir a inexistência de dívidas de IPTU ou condomínio.
- Realizar vistoria completa, no caso de imóveis já concluídos.
Faixas de renda e subsídios do programa
Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), as condições do Minha Casa Minha Vida variam conforme a faixa de renda:
- Faixa 1: até R\$ 2.850
- Faixa 2: entre R\$ 2.850,01 e R\$ 4.700
- Faixa 3: até R\$ 8.600
- Faixa 4: até R\$ 12 mil
Os subsídios podem chegar a R\$ 55 mil, além de taxas de juros menores do que as praticadas no mercado tradicional.
Bancos e cooperativas com crédito imobiliário
As principais instituições que oferecem linhas de crédito imobiliário são:
- Caixa Econômica Federal: financiamento de até 90% do valor do imóvel.
- Banco do Brasil: prazos longos e valores mais altos.
- Santander e Itaú: opções com taxas fixas e pós-fixadas.
- Banco Inter e Bradesco: condições diferenciadas, com uso do FGTS.
- Sicredi e Sicoob: cooperativas com taxas competitivas.
Planejamento e responsabilidade
Mais do que analisar números, comprar um imóvel exige visão de longo prazo e responsabilidade. Simular financiamentos em diferentes bancos, comparar condições e buscar orientação técnica são passos fundamentais para transformar o sonho da casa própria em realidade sem riscos inesperados.