Nuca Ubiraitá/Andaraí dá show em IX Companhia de teatro de Utinga

De repente o palco da IX Companhia de teatro de Utinga foi invadido por um delegado racista e machão. O Nuca Ubiraitá/Andaraí entrava em cena com a peça “A dor que nunca morre”, fazendo a platéia refletir sobre o racismo e o genocídio do povo negro no Brasil.

Em um sonho, um delegado preconceituoso recebe, em sua delegacia, ícones de luta do povo negro em busca de reparação histórica pelos crimes que ocorreram e ocorrem no Brasil. Tereza de Benguela, Caíque do Cabula, o pedreiro Amarildo, a travesti Dandara, Mareile Franco foram alguns dos personagens que exigiram justiça.

“75% das vitimas de homicídio no país são negras. 75%, Delgado. Gravou este número? Não o tire da memória.”, gritaram alguns dos personagens.

“ A dor que nunca morre é o resultado de oficinas que fizemos com o adolescentes ao cumprir os desafios do NUCA, Selo Unicef. No 8º devemos refletir práticas de enfrentamento ao racismo e acho que cumprimos o nosso papel”, destacou o articulador municipal do Selo Unicef, Cezar Romero.

Várias apresentações

Além da peça teatral, o Nuca ainda realizou mais três apresentações de danças coreografadas. “As duas primeiras foram em praça pública ao integrar o cortejo cultural. A outra foi no palco e mostrou mais uma vez o nosso potencial em diversas expressões artísticas. Eles nos enchem de orgulho”, enfatizou a professora de dança, Andréia Vitor.

Fonte: Ascom Andaraí