O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o novo Bolsa Família será lançado na semana que vem. Com o programa, o governo pretende retomar as contrapartidas das famílias beneficiárias, como a frequência escolar das crianças e a atualização da caderneta de vacinação. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o programa foi substituído pelo Auxílio Brasil, que não exigia as contrapartidas.
O novo Bolsa Família também deve ter o foco na atualização do Cadastro Único e na integração com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com a busca ativa para incluir quem está fora do programa e a revisão de benefícios com indícios de irregularidades. O presidente Lula afirmou que o novo Bolsa Família terá o valor de R$ 600 e mais R$ 150 por criança até 6 anos de idade.
Esses novos valores foram garantidos com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que estabeleceu que o novo governo terá R$ 145 bilhões para além do teto de gastos, dos quais R$ 70 bilhões serão para custear o benefício social. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, já havia antecipado que o governo trabalha na edição de uma medida provisória (MP) que vai estabelecer as diretrizes do novo Bolsa Família.
Uma MP tem força de lei, ou seja, efeito imediato, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para manter a validade. Os parlamentares também podem apresentar propostas de mudança no texto. O novo Bolsa Família deve ter um impacto significativo na redução da pobreza e na melhoria da qualidade de vida de milhões de famílias brasileiras.